Foto: josé alfredo almeida |
Tenho-te nas dobras do ventrículo
em cada sístole e extra sístole
és o sangue na minhas veias
fluxo vivo que enche e se retira.
Perder-te é uma sincope
que me deixa exangue, inanimada
se deixares de bater dentro de mim,
decreta a hora do meu decesso
porque nesse dia eu morri.
Estelle Vargas
Se o amor "existe" ..
ResponderEliminaro coração ..bate ..
desacertada e intensamente ...
Como é ...invulgar , e "encantadora" a fotografia !
O poema é "intenso" , inebriante !
Muito obrigada pela publicação.
ResponderEliminarPerdi-me neste lindo poema e na foto que o contextualiza.
ResponderEliminarInicialmente veio-me à ideia a indispensável e vital função cardíaca, mas depois senti algo diferente... senti que evocava o amor, os afectos, as sensações de um coração alimentado pelo "sangue", qual rio que por ele passa inebriando-o, ora num bater certo, ora num alucinante ritmo descompassado.
A foto, que nada tem de invulgar, como que elucida tudo isso e muito mais!...
Parabéns!
Paula Pedro