Foto:josé alfredo almeida |
É a língua que abre a respiração da manhã,
adormecida, fácil.
Lábios sobre lábios,
da saliva,
a humidade,
do fogo do espírito,
o sopro do desejo:
vento sobre a marítima água, arrepiada, do corpo.
A carne, sempre muito à flor pele,
insinua ao ouvido a boca que ele tem
e enche-a até estrangular com nome próprio de dedos,
o ar suspenso, inicial.
Bom dia, meu amor
Eugénia de Vasconcellos
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