O nosso Telefunken,
tinha um lugar de destaque na sala, numa pequena mesa ao lado do sofá.
Era através da Rádio Alto Douro, que nos chegavam as notícias.
Todos os dias à hora do almoço recebíamos a visita dos Parodiantes de Lisboa, com a dupla imbatível Patilhas e Ventoinha.
À noite depois das notícias, as rádio-novelas de amores e desamores que me faziam sonhar. Também as novelas religiosas sobre a vida dos Santos, que para mim, que andava na catequese faziam todo o sentido.
O festival da canção, era transmitido pela rádio e quem não tinha televisão, podia assim, assistir a esse acontecimento.
Era com uma jarra a servir de microfone, que eu cantava todas as canções da rádio, que iam surgindo.
Lá em casa a minha família era super paciente, mas deviam ter-me esclarecido que para ser cantora era preciso ter voz.
Vim a saber disso mais tarde já no ciclo preparatório, quando o professor de música, ainda mais paciente do que a minha família, me disse com algum cuidado, que eu não tinha voz para cantar, devido à minha insistência.
Não desanimei no entanto.
Era através da Rádio Alto Douro, que nos chegavam as notícias.
Todos os dias à hora do almoço recebíamos a visita dos Parodiantes de Lisboa, com a dupla imbatível Patilhas e Ventoinha.
À noite depois das notícias, as rádio-novelas de amores e desamores que me faziam sonhar. Também as novelas religiosas sobre a vida dos Santos, que para mim, que andava na catequese faziam todo o sentido.
O festival da canção, era transmitido pela rádio e quem não tinha televisão, podia assim, assistir a esse acontecimento.
Era com uma jarra a servir de microfone, que eu cantava todas as canções da rádio, que iam surgindo.
Lá em casa a minha família era super paciente, mas deviam ter-me esclarecido que para ser cantora era preciso ter voz.
Vim a saber disso mais tarde já no ciclo preparatório, quando o professor de música, ainda mais paciente do que a minha família, me disse com algum cuidado, que eu não tinha voz para cantar, devido à minha insistência.
Não desanimei no entanto.
Os pássaros e
os vizinhos ouviam-me a cantar "A Maria Rita" do duo Ouro Negro, a "Desfolhada" e a "Menina de olhar sereno".
Nas noites quentes de Verão muitas vezes eu ia para a rua jogar à "patela", mesmo em frente à minha casa.
As vizinhas sentavam-se em bancos à porta para se resfrescarem,
as casas de luzes apagadas por causa dos grandes mosquitos a que nós crianças, chamávamos "para-quedistas".
O rio sereno quase invisível, não fosse por vezes a lua imensa, a pratear as suas águas.
No passeio, o cão vadio de manchas castanhas e brancas, enroscado a dormir com um olho aberto.
Ali perto na rádio...
Nas noites quentes de Verão muitas vezes eu ia para a rua jogar à "patela", mesmo em frente à minha casa.
As vizinhas sentavam-se em bancos à porta para se resfrescarem,
as casas de luzes apagadas por causa dos grandes mosquitos a que nós crianças, chamávamos "para-quedistas".
O rio sereno quase invisível, não fosse por vezes a lua imensa, a pratear as suas águas.
No passeio, o cão vadio de manchas castanhas e brancas, enroscado a dormir com um olho aberto.
Ali perto na rádio...
"Teus olhos castanhos de encantos tamanhos, são pecados
meus... "
Na voz de Francisco José.
Ana de Melo
Identifiquei-me com o tempo aqui descrito,
ResponderEliminarem que o rádio era uma grande companhia.
E como eu gostava de ouvir os programas
que mencionou! Mas, não tinha o rio por
perto, nem o cão vadio, nem ...sabia cantar!
Ternas e doces memórias de um tempo já tão
distante. Obrigada, gostei muito.
...uma cançâo....que "adoça "..
ResponderEliminaruma noticia ....que ressalta...
A rádio....de outrora......
RECORDAÇÔES ...BONITAS ...