A vida pouco mais me deixou do que esta carcaça caduca
remetida para um canto como traste sem serventia. Tenho por companhia a
solidão, com quem troco silêncios. Aqui vou enganando a morte, a olhar para
aquela canastra de linho a que não verei o fundo.
Amanto as pernas com um resto de cobertor que já amenizou
muitos frios. A cabeça, essa, agasalha-a este lenço preto, complemento do
uniforme da pobre viuvez aldeã.
A roca e o fuso
em mãos descarnadas:
o
terço espera.
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