Foto: josé alfredo almeida |
Quem és tu, rosto de mulher, resto de mulher? Quem te cortou
o poupo pobre e te deixou as repas riças e ruças a fugir do lenço em franja
descabida? Quantos anos tem essa romeira pontilhada de borbotos como gotas de
chuva escorregando em parede de cimento? Não te tapa o peito, por muito que
tentes uni-la com preguete enferrujado. Aproveita aquecê-lo enquanto o sol se
não despede.
Farrapos em mulher. Mulher farrapo. Ainda sorris para a
fotografia, num desafio à morte que parece ter-se esquecido de ti.
Vila Real, 27 de
Novembro de 2015
M. Hercília Agarez
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