sexta-feira, 20 de junho de 2014

O General Silveira






Uma Espada de Brilhantes para o General Silveira

Autor: Maria do Carmo Serén
Edição do Governo Civil de Vila Real/CITCEM, 2009



"Falar do Conde de Amarante, aqui no Norte, é convocar as invasões francesas e, com elas, o saque do país, os tesouros enterrados, a ambiguidade do comportamento dos nossos eternos aliados, os ingleses, a decadência do país abandonado pelo poder supremo e roubado na sua legitimidade; ou uma bibliografia intensa e apaixonada que envolve os muitos países tocados pelo imperialismo napoleónico, exigindo o respigamento sistemático ideológico dessas obras.
Na historiografia e na vida, é certo, as invasões napoleónicas tiveram o angustiante valimento de acrescentar justificações alternativas à nossa reafirmada de cadência histórica e a nossa labiríntica  auto-estima.
(...)
Francisco da Silveira nasceu em Canelas do Douro, em casa de fidalgo rural não-apalaçada e o seu filho Manuel nascerá em Vila Real, na Casa da Calçada dos Magalhães e Lacerda que tinham um património que ia até Amarante.
(...)
Foi enterrado na Capela do Espírito Santo em Canelas do Douro, no largo onde tem o seu nome e um busto seu, em bronze.
No regresso da Guerra Peninsular, o país agradecido, através de uma subscrição pública, oferece-lhe uma espada com brilhantes no punho.
Ao morrer, o general não quis qualquer cerimónia especial e pediu para ser enterrado num hábito franciscano.
Era um gesto simbólico e, nas circunstâncias, cheio de significado e orgulho." 

Maria do Carmo Serén

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