Portas gigantes desafiam o pé direito da majestosa sala de
jantar. Espaço de lazer e de prazer. Sideboards
em madeira tropical, burguesa, à prova de caruncho. Pau Santo? Pau Preto?
Vinhático? Tampos em mármore quebram a sua sisudez escura e rendilhada. Alvas
as tolhas adamascadas, elegantes os solitários em flor a marcar a centralidade
das mesas. Os guardanapos, em aprumo
geométrico, parecem velas desfraldadas. Imponente bengaleiro é pouso temporário
de bengalas encastoadas em prata de cavalheiros que aproveitam o seu espelho
generoso para corrigirem eventual desvio do papillon
ou do nó da gravata. As ladies, essas, remiram a maquilhagem e
o penteado, confirmam harmonia de jóias e decência de decotes.
Após manhãs termais
de tratamentos aliviadores de dores sentidas ou cismadas, de passeios
oxigenantes no parque frondoso sobranceiro a um Douro refrescante, de ociosidades
retemperadoras de energias dispendidas em citadina vida social, um jantar em
ambiente requintado. Não é para quem
quer, é para quem pode...
M. Hercília Agarez
Vila Real, 24 de Setembro de 2018
No tempo dos "Senhores" e das "Damas".
ResponderEliminarRequintes de outros tempos!
..OOH MEMÒRIAS .."DE OUTROS TEMPOS "..
ResponderEliminarE PORQUE NÂO AS REVIVER ??
,,E PORQUE ,,AS MANTÊEM....ECLAUSURADAS ???
LIBERTEM::NAS ,,DÊEM..LHES ..VIDA !!
DE NOVO !!!